Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Manaus – Tabatinga, na fronteira com a Colômbia, é um dos 19 municípios amazonenses em estado de alerta por causa da seca forte e prolongada. O nível do Rio Solimões baixou tanto que a prefeitura foi obrigada a improvisar um novo porto para a cidade. "Desde o dia 16 de setembro o flutuante [local onde os barcos atracavam] está em terra firme. Com apoio o governo estadual, a gente conseguiu em apenas três dias organizar um novo ancoradouro", contou o chefe de gabinete da prefeitura de Tabatinga, Manoel Góes dos Santos.
Segundo ele, porém, o município não está sofrendo qualquer tipo de desabastecimento. "Os barcos de linha que fazem o trajeto Manaus-Tabatinga enfrentam dificuldades porque o rio está raso, e eles não podem navegar a toda velocidade. Mas com cuidado e mais tempo, eles estão chegando", afirmou. Góes disse que a viagem de barco de Manaus a Tabatinga, que costuma levar quatro dias, está demorando cinco dias. Ontem (10) o governador do Amazonas, Eduardo Braga, decretou estado de calamidade pública em todas as hidrovias do estado.