Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - O governo do Paraná decidiu fechar a divisa com o Mato Grosso do Sul até que se tenha melhor avaliação sobre o foco de febre aftosa descoberto no fim de semana no município de Eldorado, no Mato Grosso do Sul. De acordo com o secretário estadual de Agricultura em exercício, Newton Ribas "a medida visa a resguardar o patrimônio agropecuário do Paraná, que está em estado de alerta máximo apesar do excelente trabalho de vigilância epidemiológica que desenvolve.
Entre as medidas de prevenção, a Secretaria da Agricultura controla a entrada de animais e produtos de origem animal no estado durante 24 horas. Este monitoramento é feito nos postos fixos da Claspar (Empresa de Classificação do Paraná), sob coordenação dos técnicos do Departamento de Defesa, Fiscalização e Sanidade Agropecuária (Defis). O secretário explicou que só é permitida a entrada de animais e produtos de origem animal acompanhados de documento emitido por órgão oficial na origem. O documento deve confirmar a inexistência de qualquer problema sanitário. "É importante lembrar que o Paraná possui um dos poucos sistemas informatizados de barreira de trânsito do país, o que permite o rastreamento das cargas em tempo real", acrescentou.
De acordo com dados da Secretaria da Agricultura, o Paraná não registra febre aftosa há dez anos. O último caso foi verificado em maio de 1995, na região de Umuarama. Em 2000, o estado foi reconhecido internacionalmente como área livre de aftosa com vacinação. Ao todo, o Paraná tem 214.988 propriedades rurais com bovinos, com rebanho de 10,094 milhões de cabeças - o que representa 5,5% do rebanho brasileiro, composto por 180 milhões de cabeças. Na última etapa da vacinação, 98,8% dos animais foram vacinados.
Segundo Newton Ribas, o Paraná está confiante nas medidas que estão sendo tomadas pelo governo de Mato Grosso do Sul para conter e erradicar a doença na região.