Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Manaus - Apesar da queda no nível do rio Negro, as chuvas no estado do Amazonas já começam a aumentar, segundo dados do Serviço Geológico Brasil (antiga Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais, ainda conhecido pela sigla CPRM). No dia 28 de setembro, o nível do Rio Negro atingia 16,97 metros no Porto de Manaus e, na última quinta-feira (6), chegou a apenas 16,1 metros. Em agosto, o índice de chuvas chegou a 29 milímetros, metade da média registrada no mesmo mês entre 1961 e 1990. O supervisor de Hidrologia da CPRM, Daniel Oliveira, afirma, no entanto, que em setembro a quantidade de chuvas ficou em 79,3 milímetros, mais próxima à média histórica do período, de 83,3 milímetros.
Enquanto não chove o suficiente, a vazante (menos volume de água) continua provocando prejuízos ao interior do estado: já são 17 municípios em estado de alerta. E outros quatro municípios, no rio Solimões, estão em estado de emergência: Atalaia do Norte, Anori, Caapiranga e Manaquiri. Neles, parte da população da zona rural está isolada e já começa a faltar alimento e água potável. Segundo o coronel Mário Belota, do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, o comandante-geral Franz Alcântara deve se reunir até o começo da tarde com o governador Eduardo Braga para organizar um plano de socorro aos municípios mais afetados pela seca.