Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - Na avaliação do presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Octávio Melo Alvarenga, a determinação do Ministério da Agricultura de sacrificar quase 600 animais da fazenda Vezozzo, localizada no município de Eldorado, em Mato Grosso do Sul, foi, "talvez, apressada". A confirmação da presença de um foco de febre aftosa em aproximadamente 150 cabeças de gado daquela propriedade rural teria sido feita pelo Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro). "Sacrificar talvez seja uma tolice", acrescentou.
Alvarenga afirmou que "a maneira pela qual a agropecuária, porque é vitoriosa, vem sendo bombardeada de todos os lados, faz com que eu, primeiro, desconfie da veracidade dessa ocorrência". Reiterou que "falar que vai sacrificar os 582 animais da fazenda é um pouco apressado".
O presidente da SNA afirmou que o Ministério da Agricultura está carente de fiscalização e que o próprio ministro Roberto Rodrigues vem batalhando para melhorar as condições de funcionamento do órgão. Conforme avaliou Alvarenga, sua primeira reação em relação às acusações contra o agronegócio brasileiro é de prudência.
Segundo destacou o presidente da SNA, o mundo está meio neurótico e isso explica a violência que ocorre em todos os campos. "E a violência, inclusive, pode ser nesse sentido, de tomar uma medida apressada para garantir o rebanho". Ele recomendou que seja feito um novo exame antes de tomar uma atitude mais drástica. "Eu duvido (que seja aftosa)", disse Alvarenga.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em entrevista coletiva à imprensa na tarde de hoje (10), confirmou a ocorrência de febre aftosa em parte do rebanho bovino da fazenda Vezozzo, no município de Eldorado, em Mato Grosso do Sul, e determinou o sacrifício de todo o rebanho da fazenda, no total de 582 cabeças, por medida de precaução.