Rio, 10/10/2005 (Agência Brasil - ABr) - Cinco novos mecanismos de diálogo, contato e intercâmbio entre o Brasil e os Estados Unidos, nas áreas de ciência e tecnologia, saúde, meio ambiente, educação e promoção da igualdade racial serão criados no dia 6 de novembro, quando o presidente norte-americano George W.Bush estiver em visita ao Brasil.
A revelação foi feita hoje (10) na Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, pelo embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Roberto Abdenur. A expectativa do diplomata é a de que esses mecanismos apresentem o mesmo sucesso já revelado pelos grupos de trabalho constituídos a partir da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos Estados Unidos, em junho de 2003, nas áreas da promoção do crescimento econômico, energia e agricultura. "Tenho visto com prazer a evolução positiva desses contatos. Essas três áreas estão bem encaminhadas", afirmou Abdenur.
"A idéia é que sigamos em frente com o lançamento de novos mecanismos de diálogo, pelo menos nessas cinco áreas, e talvez alguma outra coisa que ocorra aos dois lados", acrescentou, acenando com a possibilidade, ainda sujeita a confirmação, de algum evento que tenha conotação econômico-empresarial durante a visita de Bush.
Roberto Abdenur disse acreditar que "será uma visita profícua em termos de ampliação dos mecanismos de diálogo", apesar de a estada do presidente norte-americano ter previsão de durar apenas dois dias, no regresso da reunião de chefes de Estado das Américas em Mar Del Plata, no Uruguai.
O embaixador referiu-se também à necessidade de intensificação do diálogo político bilateral: "É preciso elevar o diálogo Brasil-Estados Unidos e torná-lo ainda mais frondoso". E revelou ter manifestado ao Itamaraty, "como observador da política externa americana", os avanços registrados no relacionamento entre os Estados Unidos e dois grandes países do mundo em desenvolvimento, que são a China e a Índia. Abdenur lembrou que até pouco tempo a China mantinha uma postura adversa aos Estados Unidos e que, agora, o diálogo americano com esse país cobre mais áreas do que em relação ao Brasil.
O diplomata disse ainda considerar importante que o governo brasileiro aproveite a vinda do presidente Bush e a boa relação pessoal dele com o presidente Lula para aprofundar esse diálogo, criando os grupos de trabalho em áreas importantes do desenvolvimento econômico e social, e ampliando também o diálogo político.