Computador para Todos também deve estimular produção industrial, aponta ministério

10/10/2005 - 13h43

Juliana Andrade e Lana Cristina
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – O secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Marcelo Lopes, afirmou que, além de promover inclusão digital, o Programa Cidadão Conectado, conhecido como Computador para Todos, vai estimular a produção industrial no país.

"Essa é uma ação do governo que combina uma inclusão digital, a inclusão social – em que um conjunto de famílias brasileiras que não têm acesso a computador vão poder adquirir um, em condições extremamente facilitadas", disse Lopes, em entrevista à Agência Brasil. "E, por outro lado, nós teremos um aquecimento na indústria no sentido de aumentar a demanda por equipamentos", complementou ele.

Por meio do programa, os interessados em comprar um computador poderão recorrer a financiamentos de bancos federais. O preço do produto não poderá ser superior a R$ 1,4 mil. Para o coordenador-geral do programa, Sérgio Rosa, a iniciativa também vai ajudar a combater o mercado ilegal.

"Um ano atrás um computador custava R$ 1,6 mil no câmbio negro, era o chamado computador cinza com peças contrabandeadas. Essas pessoas vieram para o mercado formal, os computadores agora têm garantias e vão ser comprados com toda segurança nas redes de supermercados e pequenos revendedores", afirmou Rosa, em entrevista à Radio Nacional de Brasília (AM).

O preço do computador, segundo ele, está mais baixo desde junho, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a MP do Bem, medida provisória que autorizou isenções para uma série de setores da indústria, principalmente os ligados às exportações. Os computadores pessoais estão isentos de PIS-Cofins, o que representava 9,25% do preço final do produto.