Aline Beckestein
Repórter da Agência Brasil

Rio - Representantes do Sindicato dos Bancários do município do Rio fazem manifestação em frente ao Tribunal de Justiça em protesto contra o recurso chamado interdito proibitório, que determina que os bancos abram suas portas, apesar da greve dos funcionários.

De acordo com a diretora do departamento jurídico do sindicato, Sandra Cipriani, quase todos os bancos do município, com exceção da Caixa Econômica Federal, obtiveram liminares favoráveis ao recurso.

Além disso, a maioria dos casos bancários estariam sendo tratados pela Justiça Comum, mais uma razão de críticas por parte do sindicato. "Este tipo de recurso deveria ser julgado pela Justiça Trabalhista, que tem mais competência para avaliar ações como essa e que ouve os dois lados. No caso da Caixa Econômica Federal, que entrou na Justiça Trabalhista, o recurso só será julgado após uma audiência, marcada para quinta-feira (13), onde o sindicato estará presente. Isso sim é justiça", argumentou.

Segundo Sandra Cipriani, os funcionários dos bancos estariam sendo coagidos a abandonarem a greve, a partir da obtenção do interdito proibitório. "O recurso não determina a suspensão da greve, mas sim a abertura da agência. O que ocorre, no entanto, é que com a agência aberta e os manifestantes na porta, o banco acaba pressionando, com ameaça de demissões, esses funcionários", disse.