Brasília, 7/10/2005 (Agência Brasil - ABr) - A Confederação Nacional dos Bancários (CNB) afirma, em nota divulgada na tarde de hoje (7), que representantes da categoria foram agredidos por policiais militares em frente às agências do banco Bradesco em Brasília e Belém. De acordo com a nota da entidade, "com armamento pesado e sprays de pimenta, os militares protagonizaram um espetáculo lamentável de abuso de poder, a pedido da direção do Bradesco, notabilizado em âmbito nacional por suas atitudes anti-sindicais e violentas contra a greve".
O secretário-geral da Confederação, Carlos Cordeiro, informa que essa não foi a primeira ação violenta promovida pelo banco contra os manifestantes: ontem (6), primeiro dia da greve, houve conflitos em agências de vários estados, como São Paulo e Minas Gerais.
Também em nota, a assessoria de imprensa do Bradesco afirma considerar legítimo o direito à greve. Mas ressalva que "não abre mão de buscar o cumprimento da lei para preservar o direito democrático de clientes e funcionários em acessar as agências".
Hoje, representantes da CNB participaram de reuniões com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e com o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, a quem pediram o "fim da truculência contra os grevistas". Marinho e Corrêa comprometeram-se em ajudar os bancários em greve.