Choques com a polícia marcam início da greve dos bancários em São Paulo

06/10/2005 - 12h37

Paulo Montoia
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A ação da Polícia Militar para coibir as atividades dos sindicalistas marcou o início da greve dos bancários na manhã de hoje (5) em São Paulo. A Assessoria de Imprensa do sindicato paulista da categoria, contou que policiais militares esvaziaram a agência da Praça da República usando cassetetes. O sindicalista Marcos Amaral foi preso na ocasião e dois jornalistas foram agredidos.

Segundo a Assessoria do sindicato, houve problemas com a polícia na agência do Banco Brasileiro de Descontos S.A (Bradesco) na rua Boa Vista, no centro financeiro da capital, que não permitiu a presença de sindicalistas no local. Na agência da Praça da República, também na região central, a ação da polícia ocorreu enquanto os bancários tentavam conseguir autorização da gerência para que os funcionários votassem no local se trabalhariam ou iriam parar.

Tanto a assessoria de imprensa do sindicato dos bancários quanto da Confederação Nacional dos Bancários (CNB) informam que ainda não há balanços sobre o início da paralisação no primeiro dia da greve.

Após uma paralisação de um dia de advertência, na semana passada, representantes da CNB de todo o país decidiram iniciar a greve geral por tempo indeterminado.

A agenda de negociações dos bancários inclui uma centena de pontos, mas os principais são um reajuste salarial de 11,77% (inflação mais aumento real) e maior participação nos lucros e resultados. Os bancários também pedem a ampliação do horário de atendimento ao público, com a criação de dois turnos de trabalho, que gerariam empregos para os bancários e reduziriam sua sobrecarga e melhorariam o atendimento, reduzindo as filas.