Acareação mostra que houve tráfico de influência na renovação de contrato da Gtech, diz relator

05/10/2005 - 21h04

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Terminou há pouco, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, a acareação de cinco pessoas: Waldomiro Diniz, ex-assessor da Casa Civil, empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, advogados Rogério Buratti e Enrico Gianelli e ex-diretor de marketing da Gtech (empresa que opera o sistema de loterias da Caixa Econômica Federal) Marcelo Rovai.

O relator da comissão, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse que ficou claro na acareação que houve tráfico de influência da Gtech para renovar seu contrato com a Caixa em 2003. "A Gtech pagou (propina) realmente", disse. Durante todo o depoimento, Marcelo Rovai manteve sua versão de que a Gtech foi "achacada" por Waldomiro Diniz, Enrico Gianelli e Rogério Buratti.

O presidente da CPI, senador Efraim Moraes (PFL-PB), disse que os depoentes caíram em várias contradições. "A partir de agora, fecharemos todas as lacunas referentes à Gtech", afirmou o senador. Moraes disse ainda que a CPI pedirá apoio à Polícia Federal e ao Ministério Público para comparar os depoimentos e chegar a uma conclusão.

Ontem, a Polícia Federal realizou uma acareação dos cincos envolvidos na investigação.