Aécio Amado
Repórter da Agência Brasil
Rio - A simulação de um acidente nuclear no reator de Angra 1, marcada para amanhã (6), vai envolver 600 militares do Exército, Marinha, Aeronáutica e das polícias Militar e Rodoviária, além de equipes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e voluntários. O exercício deve afetar a rotina de cerca de 5 mil pessoas que moram numa área de cinco quilômetros em torno das usinas Angra 1 e 2, em Angra dos Reis, no litoral fluminense. A operação vai simular o vazamento de radiação.
A operação será coordenada pelo Sistema de Proteção do Programa Nuclear Brasileiro do Ministério da Ciência e Tecnologia (Sipron). Segundo o assessor do Sipron, coronel Saul Zardo Filho, na operação, os voluntários serão levados em veículos militares para abrigos fora da área atingida, entre eles a Base Naval de Angra dos Reis.
Às 9 horas será dado o alerta, que obrigará todas as organizações a tomar uma série de medidas, entre elas, ativar centros de resposta de emergência nuclear. "O Centro Nacional de Gerenciamento de Emergência Nuclear, em Brasília, será ativado. O Centro Estadual de Gerenciamento de Emergência Nuclear do Rio de Janeiro também será ativado e, em Angra dos Reis, o Centro de Coordenação e Controle e de Resposta a Emergência Nuclear", disse o coronel.
O militar afirmou que o exercício de simulação tem por objetivo verificar a eficácia do Plano de Emergência da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) que engloba as usinas de Angra 1 e 2.
O assessor do Sipron informou que observadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear da França, com quem o Brasil troca informações sobre segurança nuclear, acompanharão o exercício.