Sistemas de educação oficiais não satisfazem necessidades dos jovens, diz pesquisa

04/10/2005 - 19h26

Rio, 4/10/2005 (Agência Brasil - ABr) - Os sistemas de educação oficiais só satisfazem entre 10% e 20% das necessidades dos jovens dos países desenvolvidos, segundo pesquisa divulgada hoje pela Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com a ONU, os planos de estudo nem sempre preparam os jovens para o mercado de trabalho e não oferecem resposta às demandas da globalização e das revoluções tecnológicas. A situação é mais delicada quando se analisa a educação nos países em desenvolvimento, que têm grande dificuldade para introduzir novas tecnologias de informação e de comunicações.

O Relatório Mundial sobre a Juventude 2005 da ONU destaca a importância de conciliar o aprendizado escolar com o não-escolar, este representado pelos conhecimentos e experiências adquiridos fora da sala de aula. Junto a isso, o documento enfatiza a necessidade de melhorar as condições de trabalho dos professores como forma de aumentar a qualidade do ensino que é oferecido aos jovens.

Na maioria dos países, a taxa de matrícula na escola secundária vem aumentando. Só na última década, o crescimento percentual passou de 56% para 78%. O ingresso no ensino superior também aumentou, de 69 milhões, em 1990, para 88 milhões, em 1997, sendo que os países em desenvolvimento foram os maiores responsáveis por essa elevação.

Entretanto, o relatório da ONU ressalta que, apesar dos avanços, 113 milhões de crianças em idade escolar não iam ao colégio no ano 2000. De acordo com a organização, essas crianças serão as próximas gerações de analfabetos, que substituirão o grupo atual, estimado em cerca de 130 milhões.