Brasília - Com o objetivo de aprofundar o conhecimento da questão da terra na região sul do continente africano e sua repercussão internacional, o Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em parceria com o Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, promove o seminário Questão Agrária e Política Internacional - Perspectivas da África Austral.
O seminário se realiza hoje (4), a partir das 14h30 em Brasília, com a participação do diretor executivo do African Institute for Agrarian Studies, do Zimbábue, Sam Moyo; do professor visitante do departamento de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Paris Yeros, e do representante das Nações Unidas no Brasil, Carlos Lopes.
Considera-se África Austral a região formada pelos seguintes países: África do Sul, Angola, Botswana, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia e Zimbabwe.
Sam Moyo é um dos líderes mais reconhecidos no campo dos estudos sociais e políticos agrários, não só na África, como internacionalmente. Sua pesquisa tem se orientado pela investigação da formação do que ele denomina uma questão agrária em escala continental, africana, e no ressurgimento das lutas camponesas em nível internacional. Ao lado do professor Paris Yeros, ele organizou recentemente o livro Retomando a Terra: o Ressurgimento de Movimentos Rurais na África, na Ásia, e na América Latina. A publicação está ganhando atenção crescente da comunidade científica internacional.
Paris Yeros é professor visitante do departamento de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Nos últimos anos, o cientista social tem dedicado suas pesquisas à questão agrária e à questão nacional sob o Neoliberalismo, nos países da África, América Latina e Ásia.
Carlos Lopes foi representante das Nações Unidas e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Zimbábue e é o atual representante no Brasil. Lecionou em diversas instituições acadêmicas, incluindo as cidades de Lisboa, Coimbra, Zurique, Uppsala, México, São Paulo e Rio de Janeiro. Entre outras atividades, foi consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), da Autoridade Sueca para a Cooperação e Desenvolvimento, do Grupo de Pesquisa e Estudos Tecnológicos de Paris.
Com informações do Ministério do Desenvolvimento Agrário.