Thaís Brianezi
Repórter da Agência Brasil
Manaus - Terminaram nesta sexta-feira (30) as comemorações organizadas pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR) na terra indígena Raposa Serra do Sol em virtude do período de colheita e da homologação da reserva, ocorrida em 15 de abril. Os festejos começaram no último dia 21, na aldeia Maturuca, na região das Serras (parte norte da Reserva), de onde seguiram para a aldeia do Canta Galo, na região do Surumu, e depois para a aldeia Bismark, na região do Baixo Cutingo.
"Na aldeia Maturuca havia cerca de três mil pessoas, mas o número deve ter diminuído, porque os convidados externos foram embora e porque a região das Serras é a mais populosa", informou a gerente de logística do CIR, Fabiane Freitas de Oliveira.
No dia 22, a ponte que representa o principal acesso à parte norte da terra indígena foi parcialmente queimada, deixando os cerca de três mil participantes da festa com dificuldades para deixar a área. Pela ponte, agora, só passam veículos pequenos.
"O Exército esteve no local, verificou os estragos, fez um estudo de viabilidade e de custos para o reparo da ponte. Estamos apenas aguardando ordens para executar o serviço", declarou o major Fontes, responsável pela comunicação do Comando Militar da Amazônia (CMA).
No início dos festejos, 65 policiais federais de diversos estados foram deslocados para a Raposa Serra do Sol, principalmente para garantir o acesso à terra indígena. Na quarta-feira (28), porém, todos já haviam deixado a região e retornado aos seus estados de origem, segundo o assessor de imprensa da Polícia Federal em Roraima, agente Negreiros.