Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio – A melhoria do atendimento à população nos hospitais públicos pode avançar com parcerias entre o setor público e a sociedade civil, concluíram os participantes do seminário "Conhecer o SUS: uma estratégia para as organizações que trabalham com a promoção da saúde e da cidadania", promovido hoje, no Rio de Janeiro, pela organização não-governamental (ONG) Refazer.

José Augusto Alves de Britto, diretor do Instituto Fernandes Figueira, hospital ligado à Fundação Oswaldo Cruz, disse que os R$ 19 milhões em recursos repassados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não são suficientes para cobrir as despesas com o tratamento dos pacientes. O trabalho complementar com a sociedade civil, entretanto, permitiu à instituição, entre outros serviços, a implantação de um atendimento domiciliar infantil.

O trabalho da Refazer inclui a capacitação das mães. Elas podem fazer cursos para ajudar no complemento da renda familiar. Este é o caso de Kelly Cristina Lopes que, no período da internação do filho Iuri no Fernandes Filgueira, já fez vários cursos de artesanato. O garoto faz tratamento no hospital de fisioterapia e neurologia há cinco anos. "Vendo aqui no hospital, vendo lá no Refazer. Esse dinheirinho ajuda muito", contou Kelly.

Segundo Britto, se não fosse pela parceria que foi feita com a ONG Refazer, a falta de condições financeiras das famílias acabaria por provocar a interrupção dos tratamentos, porque em muitos casos os pais não têm dinheiro para os medicamentos, nem para pagar o transporte até o hospital.