Brasília - Um total de R$ 350 mil deverá ser pago aos 171 trabalhadores encontrados em condições análogas à escravidão na Fazenda Buriti, em Pirenópolis (GO). A estimativa é do subcoordenador da operação de fiscalização e auditor da Delegacia Regional do Trabalho em Goiás, Dercides Pires da Silva. Hoje (28) eles começaram a receber as indenizações. "Esse é o momento mais importante da nossa operação. É quando os trabalhadores são recebidos como pessoas dignas de respeito", comentou.

Os pagamentos estão sendo feitos em dinheiro por representantes do proprietário da fazenda, Odilon Ferreira Garcia, que está sujeito ainda a penalidades administrativas pela DRT, pagamento de indenizações por danos morais pelo Ministério Público do Trabalho e por responsabilidade penal pela Polícia Federal.

O flagrante de trabalho escravo ocorreu no dia 20, a partir de denúncia feita a auditores fiscais do trabalho. Os trabalhadores, inclusive alguns menores, atuavam na plantação e colheita de tomate, e estavam alojados em barracas de lona, consumiam água com indícios de contaminação por agrotóxicos. Também haviam contraído dívidas, já que precisavam comprar alimento e equipamentos de trabalho em armazém da própria fazenda.

Com informações do Ministério do Trabalho e Emprego