Funcionários do BC no Rio decidem que greve será por tempo indeterminado

28/09/2005 - 19h09

Rio, 28/9/2005 (Agência Brasil - ABr) - Os funcionários do Banco Central (BC) no Rio de Janeiro decidiram em assembléia na tarde de hoje (28) manter, por tempo indeterminado, a greve iniciada na segunda-feira (19). Segundo o presidente do Sindicato dos Funcionários do BC no estado, Sérgio Belsito, o governo federal não apresentou uma nova proposta e se mostrou irredutível em relação ao reajuste salarial oferecido à categoria – um aumento médio entre 4% e 5%.

Os funcionários reivindicam, pelo menos, a reposição de 15% que, segundo eles, representam as perdas com a inflação desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva. A categoria também quer a recomposição do plano de carreira e a regularização do plano de saúde.

Belsito informou que a distribuição de dinheiro para outros bancos já está sendo prejudicada em função da paralisação do Departamento de Meio Circulante, responsável pelo serviço. E disse acreditar que a situação poderá se agravar com a paralisação de 24 horas realizada hoje pelos funcionários do Banco do Brasil (BB). Isto porque, com a greve do Banco Central, é utilizado o dinheiro de uma reserva de contingência do BB para abastecer os bancos.

A assessoria do Banco Central, no entanto, informou que só uma greve muito longa do Banco do Brasil poderia afetar a distribuição de dinheiro aos bancos. E que até a tarde de hoje não foram registrados problemas nesse serviço.

Os funcionários da Caixa Econômica Federal no Rio de Janeiro também aderiram à paralisação nacional de 24 horas. No centro da cidade, todas as agências da Caixa e do BB ficaram fechadas.