Brasil quer discutir combate à pirataria com países do Mercosul, diz presidente do conselho

28/09/2005 - 15h17

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Cerca de 75% dos produtos piratas consumidos no Brasil vêm do exterior, informou o presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), Luiz Paulo Barreto. Segundo ele, para conter a entrada de produtos falsificados no país, o governo brasileiro firmou acordos com a China e com o Paraguai e pretende acertar parcerias com outros países.

Barreto afirmou que a idéia é aumentar as parcerias internacionais no combate à pirataria. "Estamos inclusive levando para o Mercosul, para tentar discutir medidas conjuntas entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, além de Chile, Peru, Bolívia e Venezuela [membros associados], uma vez que todos sofrem com a pirataria, que é dominada pelo crime organizado não só no Brasil, mas em toda a região", informou.

De acordo com o presidente, os acordos prevêem cooperação policial no combate à pirataria. Segundo Barreto, um dos atuais problemas é que, muitas vezes, a apreensão de mercadoria pirata que entra no Brasil pela fronteira com o Paraguai não impede que esses produtos continuem sendo fabricados no país vizinho.

"Tendo o acordo, o Brasil abre um inquérito para investigar aqui, no país, e o Paraguai também abre um inquérito para investigar a origem dessas mercadorias. Nós podemos mandar nossos policiais para acompanhar o inquérito deles, eles podem mandar policiais para acompanhar a investigação aqui. Quer dizer, vai ser uma investigação conjunta e a gente vai tentar desmontar a fábrica desses produtos", explicou.