Greve de professores atinge 25 universidades, diz sindicato

27/09/2005 - 19h34

Melina Fernandes
Da Agência Brasil

São Paulo - Professores de 25 universidades federais – em campi ou outras unidades – estão em greve, segundo o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Paulo Rizzo. A proposta de greve nacional dos docentes foi deflagrada no dia 6 pela entidade Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes).

Paulo Rizzo informa que há uma pauta nacional unificada de reivindicações, incluindo 18% de reajuste salarial neste ano, incorporação das gratificações, abertura de concurso e contratação de professores, além de mais verba para as universidades. O dirigente acrescenta que o governo ainda não acertou com a categoria o reajuste de 0,1% para este ano – na audiência no dia 30 de agosto não foi apresentada qualquer proposta.

Balanço divulgado hoje (27) pelo Sindicato aponta paralisações em campi ou unidades nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Maranhão, Piauí, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Goiás, e no Distrito Federal. A Universidade de Rondônia aprovou greve a partir desta quarta-feira (29), 16 tiraram indicativo de greve em assembléias e 12 outras não se definiram.

Não houve acordo na reunião de negociações, ontem (26), de representantes dos ministérios do Planejamento e da Educação com os de todas as entidades dos servidores envolvidos. De acordo com o dirigente sindical, o ministro Paulo Bernardo teria dito no encontro que o governo não tinha uma proposta geral que contemplasse todos os servidores. E que qualquer sugestão que eventualmente saia, será só para 2006. Paulo Rizzo destacou que os professores esperam uma definição até outubro.

Segundo o secretário-executivo adjunto do Ministério da Educação, Ronaldo Teixeira da Silva, no dia de deflagração da greve foi enviado ofício às entidades sindicais em que oferecia três alterações: aumento de 50% nos percentuais de titulação, incorporação das gratificações e criação de um grupo de trabalho para reestruturação da carreira.

Uma nova rodada de conversações já está marcada para sexta-feira (30), no Ministério do Planejamento. Segundo Rizzo, para esse encontro deverá ser formatada uma proposta definitiva e conjunta dos ministérios da Educação e do Planejamento.