André Deak
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O deputado federal por São Paulo Luiz Antônio Fleury Filho (PTB), tornou-se nacionalmente conhecido quando foi eleito governador de São Paulo, em 1990, pelo PMDB. Formado pela Academia de Polícia Militar, Fleury atuou como professor e promotor público, chegando a ser presidente da confederação nacional da categoria por três mandatos consecutivos.
Quando encerrou o seu mandato de governador em 1994, abriu um escritório de advocacia na capital paulista. Voltou à vida pública em 1999, elegendo-se deputado federal. Na mesma época, assumiu o cargo de secretário-geral do Diretório Nacional do PTB. Atualmente, exerce a segunda legislatura e é vice-presidente da Frente Parlamentar pela Legítima Defesa, que defende o "não" no referendo sobre o desarmamento marcado para 23 de outubro.
Sua gestão no governo do estado foi marcada pela maior chacina da história das penitenciárias brasileiras, com a morte de 111 detentos em outubro de 1992, quando uma rebelião dos presidiários da Casa de Detenção do Carandiru foi reprimida pela invasão de tropas da Polícia Militar. Até hoje, relatórios de direitos humanos, como o da organização não-governamental Justiça Global, citam o nome de Fleury como um dos responsáveis pelo massacre que ficaram impunes.
Entre as contribuições de sua autoria no Congresso está a sugestão de um plebiscito para a redução de maioridade penal para 16 anos. Além disso, Fleury é autor da sugestão de retirar a exigência de cursos de direção defensiva e de primeiros socorros quando se renova a Carteira Nacional de Habilitação. Foi ele também o responsável pela convocação de sessão solene da Câmara dos Deputados para homenagear os 40 anos da Rede Globo de Televisão.