Brasília, 26/9/2005 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje (26) que tentou ampliar o apoio à candidatura do peemedebista Michel Temer (SP) à Presidência da Câmara, mas "infelizmente" isso não aconteceu. Ele defendeu que a construção da candidatura do sucessor de Severino Cavalcanti seja feita de forma "coletiva", reunindo outros partidos. Calheiros afirmou ter conversado "por duas ou três vezes" nesse sentido, com setores do PFL, do PSDB e do PT.

"Quero que se eleja presidente da Câmara alguém que esteja à altura da instituição, alguém que ponha a Câmara para funcionar e entenda a magnitude do momento que vivemos no Brasil, do ponto de vista da investigação que precisa ser aprofundada, do ponto de vista da punição, que é uma exigência da sociedade, e do ponto de vista da mudança da legislação, no que diz respeito à reforma política", afirmou Calheiros. Ele acrescentou que os candidatos Michel Temer (PMDB), Aldo Rebelo (base do governo) e Francisco Dornelles (PP) têm esse perfil.

Renan Calheiros disse que não pretende interferir no processo de escolha do novo presidente da Câmara. Sobre a insistência de Temer na candidatura, mesmo sem a ampliação do apoio político, afirmou que "se a candidatura é para qualquer hipótese, vai ser levada a ferro e fogo, sem ampliar, isso não é problema meu".