Aline Beckestein
Repórter da Agência Brasil
Rio – O resultado do encontro entre os manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Rio, Mário Lúcio Melo, deve sair até quarta-feira (28).
Eles foram recebidos hoje pelo superintendente. Isso ocorreu após a ocupação de cerca de 250 integrantes do movimento na superintendência do instituto, que fica no centro da cidade, segundo informou o coordenador estadual do MST do Rio, Cláudio Amaro.
Entre as principais reivindicações estão a regularização da distribuição de cestas básicas para as famílias acampadas, assentamento imediato das ocupações com mais de seis anos e revisão dos índices de produtividade para critério de desapropriação.
"O governo prometeu distribuir cestas básicas mensalmente, mas até agora nós só recebemos as de junho. Outro absurdo é a quantidade de terras improdutivas, principalmente no norte-fluminense e na Baixada, que estariam disponíveis para a desapropriação, se o Incra deixasse de utilizar os parâmetros de 1975, que já estão ultrapassados", disse.
Cláudio Amaro informou que existem 2.500 famílias acampadas no estado do Rio, em 19 ocupações, e cerca de oito mil assentadas. Segundo ele, o governo Lula legalizou 115 assentamentos, mas até agora nenhum deles recebeu o documento de posse, que ainda está em propriedade do Incra. Ainda de acordo com o coordenador, a meta do governo seria assentar mais 150 famílias no estado até o final deste ano.