Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O serviço 0800 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) recebeu quase 1 milhão de ligações nesta semana. O número deu informações aos inscritos que, por causa da greve dos Correios, não haviam recebido a a confirmação da matrícula em que constava o local da realização da prova. Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, a greve não chegou a prejudicar a aplicação da prova. "O 0800 funcionou até meia-noite, e o site, que teve a banda alargada, ficou disponível", diz.

Além de ampliar o horário de funcionamento do 0800, o ministério permitiu que os candidatos fizessem a prova mesmo sem o comprovante e aumentou o número de acessos da página na internet para 60 mil por segundo.

Três milhões de pessoas fazem a prova, que começou às 13 horas. Uma delas é Eislanne Rodrigues da Silva, de 20 anos. "Achei a organização bem feita e desenvolvida, mesmo com os Correios em greve", afirma a estudante do 3º ano de uma escola pública. Eislanne conta que às 9 horas já estava em um ponto de ônibus para conseguir chegar a tempo. Ela mora no P Norte, uma unidade administrativa do Distrito Federal, e fez a prova em Brasília.

A dificuldade de Eislanne foi a mesma de muitos outros candidatos já que a escolha para o local do exame, de acordo com o ministério da Educação, foi feita pela letra que inicia o nome do candidato. O "critério de moradia não foi levado em conta. Temos pessoas que realmente estão fazendo um sacrifício muito grande para fazer a prova", diz o coordenador do Enem, Lourivan Ferreira.

Para o próximo ano, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) estuda uma maneira de melhorar a situação escolhendo o local da prova de acordo com o CEP da residência do candidato.