Caixão com o corpo de Apolônio de Carvalho é coberto por bandeiras de três países, do PT e do MST

25/09/2005 - 13h37

Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio – Cerca de 200 pessoas acompanharam hoje a chegada do caixão com o corpo de Apolônio de Carvalho ao crematório do Cemitério do Caju, no Rio. Em homenagem, o caixão foi coberto pelas bandeiras do Brasil, da França, da Espanha, do PT e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Apolônio morreu na última sexta-feira (23), aos 93 anos, de insuficiência respiratória. Ele teve papel destacado nos momentos mais importantes da história da democracia no século 20. A partir de 1935, participou da criação da Aliança Nacional Libertadora (ANL), uma organização de defesa da do nacionalismo e da democracia, como ele mesmo descreveu. Lutou contra o nazismo na Espanha e na 2ª Guerra Mundial. No Brasil, engajou-se na luta contra a ditadura de Getúlio Vargas. Na década de 60, participou da oposição popular e democrática ao regime militar e, em 1981, tornou-se um dos fundadores do PT.

Para o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, o ativista político foi um dos grandes personagens da história do país. "Poucas pessoas como ele viveram a história do Brasil e do mundo, no século 20, com tanta intensidade. E fez tudo isso sendo uma das pessoas mais amáveis e carinhosas que já vi, a gentileza, a solidariedade, o carinho com os jovens. Ele era não só militante, mas uma espécie de educador, um mestre dos valores democráticos e socialistas".

Luiz Dulci chegou ao velório junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.