População está mais otimista em relação à inflação e mantém percepção quanto a renda e emprego

21/09/2005 - 14h32

Ivan Richard
Da Agência Brasil

Brasília - Em relação ao trimestre anterior, a expectativa da população quanto à inflação no país melhorou, enquanto permanecem estáveis a percepção dos brasileiros quanto ao desemprego e a renda geral do país. É o que aponta a última pesquisa do Instituto Ibope sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentada hoje (21).

De acordo com o levantamento, em junho, 51% da população acreditavam que a inflação iria aumentar. Esse número caiu para 45% em setembro. A parcela dos que consideram que os preços vão diminuir caiu um ponto percentual (dentro da margem de erro) em comparação à última pesquisa, passando de 14%, em junho, para 13% este mês. Já o número dos que acham que a situação em relação à inflação não vai mudar cresceu de 30% para 35% da população.

No quesito desemprego, os dados da pesquisa Ibope/CNI permanecem estáveis nos últimos três levantamentos. Em março, 52% acreditavam que o desemprego ia aumentar. Em junho e setembro esse número ficou em 53% dos entrevistados (oscilação dentro da margem de erro).

Em relação à renda geral, a pesquisa mostra que 19% acreditam que ela vai aumentar nos próximos seis meses. Esse número era de 22% em junho. Aqueles que dizem que ela vai diminuir eram 30% em junho e são 29% este mês. O número dos que acreditam que a renda geral vai permanecer a mesma passou de 43% para 47%.

Em relação à renda pessoal, em junho, 28% achavam que a renda iria crescer. Este mês, 25% dizem isso. Eram 49% os que avaliavam que ela se manteria. Hoje são 52%. E se manteve estável em 17% a parcela dos que acreditam que sua renda pessoal cairá nos próximos seis meses.

A pesquisa também mediu a aprovação da atuação do governo em áreas específicas da política econômica. Subiu em dois pontos percentuais o índice de aprovação quanto à taxa de juros. Em junho último, 23% do público ouvido demonstravam confiança no governo em relação à taxa de juros - percentual que neste mês subiu para 25%. São 63% dos entrevistados os que desaprovam a atuação do governo nesse campo, contra 67% dos entrevistados em junho último. Não sabem ou não quiseram opinar 12% dos entrevistados, contra 9% na pesquisa anterior.

A aprovação às medidas do governo de combate ao desemprego ficou em 61% neste mês, tendo em junho sido registrados 62%. O trabalho do governo de combate à inflação é aprovado por 52% dos entrevistados, contra 55% em junho. Foram 9% os que disseram não saber ou não querer opinar sobre a inflação, contra 7% em junho.

Em relação aos impostos, 71% do público ouvido pela CNI/Ibope desaprovam o governo na pesquisa hoje divulgada, contra 73% em junho. Vinte por cento do público ouvido disseram aprovar o governo em relação aos impostos, contra 19% em junho. Nove por cento não opinaram ou disseram não saber.

Foram entrevistadas ao todo 2.002 pessoas, com 16 anos ou mais, em 143 municípios, entre 8 e 12 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.