Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os presidentes das entidades representativas das indústrias nacionais, reunidos hoje (21) com a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), concordaram que a economia brasileira está mostrando sinais concretos de crescimento. Segundo o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo(Fiesp), Paulo Skaf, não há dúvida de que houve uma melhora da competitividade dos produtos e das indústrias brasileiras. Ele lembrou, porém, que esse crescimento está atrelado também à demanda externa."Não tem investimento depois de demanda. Tem demanda e depois investimento", frisou. O princípio defendido pela indústria é que, primeiro vem a carteira de pedidos. "Aí há a mobilização para que o investimento aconteça", disse.

Skaf afirmou que o país poderia estar com um crescimento mais elevado se houvessem as condições para isso. Entre elas, enumerou juros menores, câmbio mais alto para não tirar a competitividade dos produtos, menos burocracia, investimentos na infra-estrutura e eliminação dos gargalos. Com isso, segundo argumentou, o Brasil poderia estar apresentando níveis de crescimento acima da média mundial, o que não ocorre há 25 anos.

Skaf manifestou que o convite para a reunião-almoço com a diretoria do BNDES foi uma grata surpresa, uma vez que as federações de indústrias e representantes do setor produtivo não estavam acostumados a ter um encontro descontraído com a administração do banco para troca de idéias, tratando de temas alusivos ao momento econômico brasileiro e sobre o que pode ser feito de forma concreta para que o país possa caminhar de fato para um crescimento sustentável. Além do representante paulista, participaram do encontro com a direção do banco os Presidentes das Federações das Indústrias do Rio de Janeiro, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira; de Minas Gerais, Robson Braga de Andrade; e do Rio Grande do Sul, Paulo Gilberto Fernandes Tigre.