Brasília, 21/9/2005 (Agência Brasil - ABr) - A direção dos Correios solicitou que o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Vantuil Abdala, considere abusiva a greve dos funcionários da empresa.
Já os representantes da Federação Nacional dos Correios pediram que o tribunal julgue ilegal a contratação de trabalhadores temporários em substituição aos grevistas. Ainda não há previsão para a análise dessas causas.
Para o diretor de Recursos Humanos da empresa, Virgilio Brilhante, o momento da greve é inadequado, porque os Correios estão encarregados da infra-estrutura logística para que o Tribunal Superior Eleitoral realize o referendo do desarmamento, no dia 23 de outubro.
Ele confirmou que houve contratações temporárias, mas justificou: "Temos problemas localizados em alguns estados. Por isso, repusemos trabalhadores para retomar o fluxo normal das correspondências".
Já o representante do comando de greve, Golberi Valória, diretor do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio Grande do Sul, afirmou que os grevistas garantem o atendimento mínimo nas empresas e, por isso, o movimento não é abusivo. "Eles querem um mínimo necessário para o trabalho, mas não declaram a porcentagem. Mesmo assim, nós garantimos o mínimo", disse.
A paralisação dos funcionários dos Correios começou na última quarta-feira (14). Os grevistas recusaram uma tentativa de acordo intermediada pelo presidente do TST. A proposta previa um reajuste salarial de 8,5% a partir de 1º de agosto e 3,61% em fevereiro de 2006, além do abono de R$ 800,00 em troca da compensação dos dias parados.