Banco Central informa que reservas internacionais sobem e dívida externa cai

21/09/2005 - 12h32

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – As reservas internacionais do país depositadas no Banco Central cresceram US$ 388 milhões no mês de agosto, perfazendo o total de US$ 55,076 bilhões no conceito de liquidez (capacidade de um país pagar suas dívidas), que inclui empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI). Sem isso, as reservas líquidas ajustadas caem para US$ 40,402 bilhões.

O acréscimo nas reservas é resultado de receitas líquidas no valor de US$ 680 milhões, menos US$ 291 milhões de pagamento de juros ao FMI. Das entradas, US$ 109 milhões referem-se a remuneração da própria reserva, e o restante compreende recebimento de Convênios de Créditos Recíprocos (CCR), valorização do real em relação ao dólar e flutuação dos preços dos papéis.

Os números constam do relatório de agosto sobre Setor Externo, divulgado hoje pelo Departamento Econômico do BC. O documento adianta também a posição da dívida externa, mas os números consolidados têm defasagem de quase três meses, uma vez que os ajustes são trimestrais.

A última posição consolidada é do mês de junho, e mostra que o estoque da dívida externa registrou queda de US$ 10,613 bilhões na comparação com o trimestre anterior, fechado em março. A dívida líquida caiu, portanto, de US$ 201,374 bilhões para US$ 191,309 bilhões, sendo US$ 174,554 bilhões com vencimentos de médio e longo prazos e US$ 16,755 bilhões de curto prazo.

A redução da dívida externa no segundo trimestre do ano é explicada, em parte, pelo pagamento de US$ 3,7 bilhões de obrigações em moedas estrangeiras dos bancos comerciais, mais os ganhos de US$ 2,5 bilhões com valorização cambial. O Brasil também amortizou US$ 1,672 bilhão com o FMI, US$ 808 milhões com o Clube de Paris e US$ 930 milhões dos títulos "Bradies".