Lupi Martins
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - O Rio Grande do Sul espera economizar R$ 290 milhões com o horário de verão, que começa dia 16 de outubro e termina em 18 de fevereiro de 2006. A estimativa foi feita pelo secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andrés. Ele explicou que a redução no consumo deve ser de 4% na demanda de energia no horário de pico (entre 19 e 21 horas) e de 0,8% no consumo elétrico no Rio Grande do Sul.
A redução de carga no estado, de cerca de 150 megawatts (MW), significa energia suficiente para abastecer por um ano cidades gaúchas como Gramado, Capão da Canoa, Panambi, Torres, Flores da Cunha, Candiota ou Estrela. "Nos últimos dois anos, economizamos cerca de R$ 500 milhões", informou o secretário. Segundo Andres, no período passado o horário de verão gerou redução de 3,5% na demanda de energia no horário de pico e de 0,5% no consumo registrado no estado.
"Devemos ter uma economia maior de energia este ano devido ao aumento de 15 dias na duração do horário de verão, que passa de 110 para 125 dias" .O secretário ainda espera que as temperaturas do próximo verão sejam mais amenas. "Se não tivéssemos a vigência do horário de verão, teríamos de construir uma usina hidrelétrica do porte de Dona Francisca, situada no rio Jacuí", comparou.
O secretário explicou que o menor consumo no horário do pico, entre 19 e 21 horas, faz com que as usinas gaúchas possam gerar menos energia, ocorrendo economia de água nas hidrelétricas e também na geração térmica. No último verão, a estiagem secou os reservatórios de água que abastecem as usinas no estado, levando o Rio Grande do Sul a buscar em outras localidades até 80% da energia consumida pelos gaúchos.