Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio – A greve dos funcionários do Banco Central (BC), iniciada hoje (19)em todo o país, deve se estender até a próxima quinta-feira. A previsão é de Sérgio Belsito, presidente do Sindicato dos Funcionários do BC regional Rio de Janeiro (Sinal).
Ele disse que esta será a duração mínima do movimento "porque o governo sinalizou que antes de quinta-feira não poderá se reunir com ninguém". Sérgio Belsito afirmou que a greve não prejudicou o sistema financeiro nacional, mas admitiu que a continuidade do movimento poderá vir a afetar atividades como distribuição de dinheiro aos bancos.
O Presidente do Sinal informou que em assembléia realizada esta tarde, na capital fluminense, a avaliação foi que a adesão à paralisação alcançou mais de 85% dos funcionários. Amanhã (20), a categoria efetua nova assembléia na porta do edifício-sede do BC, na Avenida Presidente Vargas, para indicar as ações que deverão ser empreendidas a partir de agora.
Belsito explicou que a greve foi deflagrada diante da não apresentação de uma contra-proposta pelo governo federal. "O governo marcou uma reunião e furou. Há 15 dias, a gente está no aguardo de apresentação de uma proposta e até agora nada. Então, a reunião que estava marcada entre o dia 14 e o dia 16 não aconteceu. Esse é o motivo da greve". Acrescentou que hoje, "não houve sinalização de solução e o movimento continuará mais forte".
Além de pleitear reajuste salarial de 15%, "como foi dado ao Executivo, Legislativo e Judiciário", a categoria quer a resolução de "pendências da pauta anterior que não foram cumpridas", entre as quais aquelas referentes ao plano de saúde e a gratificações. Os servidores do BC têm, entre suas atribuições, o controle das reservas internacionais, o registro e o acompanhamento das operações de mercado aberto e dos títulos públicos, além da distribuição de dinheiro aos bancos.