Greve do Banco Central paralisa metade dos funcionários em São Paulo, diz sindicato

19/09/2005 - 17h53

Érica Sato
Da Agência Brasil

São Paulo – A greve dos funcionários do Banco Central paralisou 53% dos funcionários em São Paulo hoje (19), afirma o presidente regional do Sindicato dos Funcionários do Banco Central (Sial), Daro Piffer. A categoria decidiu em entrar em greve a partir desta segunda-feira, em assembléia nacional realizada na quinta-feira, após o governo suspender as negociações. No início da noite, o departamento de imprensa do Banco Central, em Brasília, informou apenas a paralisação no país, que foi de 33%. De 4.600 funcionários, não trabalharam 1.433.

O sindicalista afirma que a greve no Banco Central pode provocar atrasos nos serviços bancários internos e os prestados ao sistema bancário. Posteriormente, poderá faltar moeda no sistema financeiro. Piffer afirma que não há perspectivas para o final da greve, pois o governo ainda não sinalizou nenhuma retomada nas negociações com a classe.

Segundo um comunicado do Sial, protestos serão feitos em frente à sede do BC em Brasília e nas nove regionais espalhadas pelo país. A categoria pede melhorias no plano de cargos e salários e no plano de saúde oferecido pelo banco, reajuste de 37% referente a perdas salariais e aumento de mais 15%, como o que foi autoconcedido ao Poder Legislativo.