Funcionários dos Correios no Rio Grande do Sul decidem manter a greve

19/09/2005 - 15h35

Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil

Porto Alegre – Os funcionários da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) no Rio Grande do Sul decidiram continuar a greve no estado. Durante assembléia da categoria realizada hoje (19), cerca de 500 trabalhadores decidiram por unanimidade manter a mobilização por reajuste salarial.

O diretor superintendente da empresa no estado, Larry de Almeida, garantiu que os serviços com prazos previstos, como as contas de telefone e luz, estão em dia. Segundo ele, a ECT do RS contratou emergencialmente cerca de 300 pessoas "para evitar transtornos".

A categoria também rejeitou a proposta de aumento salarial de 8,5%, abono linear de R$ 800 e um reajuste de 3,61% em fevereiro de 2006, feita pela ECT à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect), durante audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST), na última sexta-feira (16).

O secretário-geral do Sindicato estadual dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos no estado, João Carlos Farias, disse que os trabalhadores reivindicam reposição salarial de 47%, mais correção pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 6,55%. A pauta de reivindicações inclui aumento do piso salarial de R$ 448 para R$ 931 e do vale alimentação de R$ 14 para R$ 20 e abono salarial de R$ 800.

A greve dos trabalhadores dos Correios completa seis dias nesta segunda-feira. Durante este período, mais de 18 milhões de correspondências deixaram de ser entregues no Rio Grande do Sul.