Marcelo Gutierres
Da Agência Brasil
São Paulo – O Teatro do Centro Esportivo Adamastor, em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, recebe na tarde de hoje (19), um total de 720 estudantes, entre 16 e 24 anos, de 13 municípios paulistas, para a aula inaugural do Programa Escola de Fábrica. O objetivo do projeto é incluir jovens com baixa renda no mercado de trabalho por meio de cursos de iniciação profissional. As aulas serão realizadas em espaços reservados dentro de empresas.
Os estudantes paulistas estão distribuídos em 22 cursos viabilizados, de um total de 36 oferecidos no país. Eles têm duração ação de seis a oito meses. Entre os cursos oferecidos em São Paulo estão Desenho Técnico, Organização de Eventos, Serviços de Escritório, Informática, Mecânica Industrial, Serviços Administrativos, Mecânica Automotiva e de Máquinas Agrícolas, Gestão Empresarial, Suporte Operacional, Jardinagem e Paisagismo, Serviços de Encanamento e Instalação de Tubulações, Serviços Têxteis.
"Serão 600 horas de aula, 350 delas voltadas à formação técnica e 250 à formação para cidadania", explica o secretário executivo do Ministério da Educação (MEC), Jairo Jorge da Silva. Os participantes também receberão mensalmente uma bolsa-auxílio de R$ 150.
Cada turma tem em média 20 pessoas. Em todo o Brasil, o ministério prevê a formação de 558 grupos, num total de 11,5 mil estudantes. Os R$ 28 milhões em recursos necessários vêm do Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep). "O objetivo no próximo ano é atender cerca de 30 mil jovens", estima Jairo Jorge da Silva.
Além de credenciar as empresas (700 participam do projeto), o MEC concede a cada unidade gestora recursos na ordem de R$ 30 mil para preparar supervisores, técnicos e material didático utilizados nos cursos, segundo o secretário-executivo. Entre os gestores, há organizações não-governamentais, sindicatos e cooperativas, num total de 62 gestores no país e, destes, 6 em São Paulo.
Participam do projeto Escola de Fábrica jovens com idade entre 16 e 24 anos, com renda por pessoa de no máximo um salário mínimo. O programa também exige que o interessado esteja matriculado na rede pública, em etapas finais do ensino fundamental ou no percurso do ensino médio ou ainda então nos programas educacionais do governo federal.