Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio - O ritmo de crescimento das vendas do comércio varejista diminuiu em julho, com alta de 0,31%, contra a taxa de 1,12% registrada na passagem de maio para junho. Na comparação com julho de 2004, o crescimento foi de 4,50%, inferior aos 5,32% registrados no período junho de 2005 a junho de 2004. Os dados foram divulgados hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o coordenador da área de Comércio e Serviços do Instituto, Nilo Macedo, os resultados mostram que o consumidor está diminuindo o ritmo de compras a crédito em função do endividamento resultante dos empréstimos com desconto em folha.
"As vendas do comércio varejista continuam sustentadas no equilíbrio da inflação, na queda do dólar e na expansão do crédito ao consumidor. Com relação ao mês de junho, observa-se uma certa acomodação da parte de crédito, principalmente do crédito consignado em folha, já que existe um limite para a concessão desses créditos em função até mesmo da capacidade de endividamento das famílias", explicou Nilo.
Em relação a junho, as quedas mais expressivas de julho foram nos setores de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,8%), combustíveis e lubrificantes (-4,74%) e móveis e eletrodomésticos (-1,88%). O melhor resultado positivo de julho ficou com o setor de tecidos, vestuário e calçados (7,23%).
Na comparação com julho do ano passado, o volume de vendas cresceu em seis das oito atividades pesquisadas, com destaque para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,33%), móveis e eletrodomésticos (17,40%) e tecidos, vestuário e calçados (7,22%). Na mesma comparação, as vendas aumentaram em 22 das 27 unidades da Federação.