Governo garante R$ 9,8 milhões para campus universitário em Caruaru (PE), afirma reitor

15/09/2005 - 13h37

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em março de 2006, 580 alunos devem começar a freqüentar as aulas no campus da Universidade Federal de Pernambuco. Ele será instalado no município de Caruaru, em Pernambuco. A expansão da instituição de ensino superior pernambucana foi formalizada hoje (15), por meio de convênio firmado entre o Ministério da Educação (MEC) e entre a universidade.

Segundo o reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Amaro Lins, o governo federal garantiu a liberação de R$ 9,8 milhões para a implantação do estabelecimento de ensino em Caruaru, dos quais R$ 7 milhões serão destinados à infra-estrutura e R$ 2,8 milhões, ao custeio e à compra de equipamentos.

No novo campus, serão oferecidos inicialmente cursos de graduação em administração, design, economia, engenharia civil e pedagogia, além de pós-graduação em educação. A previsão é que em 2007 o campus esteja funcionando com 120 professores e tenha 2,4 mil universitários matriculados em cursos de graduação e 30 alunos na pós-graduação.

Durante o evento de assinatura do convênio, o reitor Amaro Lins ressaltou que, sem a implantação da unidade em Caruaru, muitos jovens da região do agreste pernambucano não teriam acesso ao ensino superior. "À medida que nós interiorizamos as universidades, esses jovens terão condições de ter acesso, principalmente à universidade pública. Isso vai fazer toda a diferença nas suas vidas e vai fazer com que eles se integrem também ao sistema produtivo da região", afirmou Lins.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que a meta do governo federal é criar 36 pólos universitários em todo o país – sobretudo em regiões onde o acesso à educação superior é mais difícil, em função de fatores como baixa renda. Para o ministro, a interiorização do ensino superior é um instrumento importante para reduzir as desigualdades regionais. "Uma vez que o jovem poderá estudar na sua região, a chance de ele permanecer e colaborar com o desenvolvimento regional é muito maior", destacou Haddad.

"Quando o jovem se vê obrigado a migrar para as regiões metropolitanas, muitas vezes ele não volta para sua região, porque pode perder as raízes, às vezes se casa, arruma um emprego, e não volta mais. Mas estudando na sua região, ele pode inclusive voltar os seus estudos para as possibilidades econômicas e de desenvolvimento social que estão ali, a sua disposição, e que necessitam justamente de recursos humanos qualificados para serem promovidas", completou Haddad.