Thaís Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio - A partir de outubro, os navios de carga que aportarem na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, serão inspecionados por um comitê formado pela Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Capitania dos Portos.
Essa foi uma das medidas aprovadas, hoje (15), em uma audiência pública que reuniu a Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), autoridades, pescadores e ambientalistas. O objetivo do encontro foi discutir ações efetivas para a prevenção de acidentes com derramamento de óleo nas baías do estado.
"Nós discutimos principalmente a questão da prevenção porque verificamos que faltam mecanismos que evitem ou impeçam os acidentes na Baía de Guanabara. Além disso, há falha na comunicação, demorando às vezes quatro horas ou mais para que os órgãos responsáveis saibam do derramamento de óleo", afirmou o deputado estadual Carlos Minc (PT), presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj, à Agência Brasil.
Os navios inspecionados receberão, ainda, instruções de como proceder em caso de acidentes. Amostras do óleo utilizado pelas embarcações serão colhidas para verificação. Outra medida aprovada na audiência foi a redução das operações de carga, descarga e abastecimento durante o período da noite.
"Não dá para ver o óleo em caso de acidentes à noite. Além disso, nesse período, há poucas equipes de prevenção em atividade. Por isso, essas operações vão ser concentradas nos horários da manhã e da tarde", disse o deputado.
Também começou a tramitar, hoje, na Alerj, um projeto de lei do deputado Carlos Minc (PT), que pretende legislar sobre a questão ambiental nas águas internas – bacias, rios, lagos e lagoas – na esfera estadual.
No último dia 3, vazamento no navio Saga Mascot, com bandeira de Nassau, nas Bahamas, espalhou pelo menos 2 mil litros de óleo na Baía de Guanabara.