Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O relativo sucesso da primeira oferta de cotas do Fundo Papéis Índice Brasil Bovespa (PIBB) levou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a lançarem um segundo lote de cotas ainda mais robusto. O valor da oferta subiu dos R$ 600 milhões, quando o fundo foi lançado no ano passado, para R$ 1 bilhão.

Desse total, R$ 800 milhões serão destinados prioritariamente a investidores de varejo. Ou seja, podem investir no fundo PIBB pessoas físicas e pessoas jurídicas não financeiras. Os interessados podem fazer aplicações a partir de R$ 300 até R$ 500 mil.

O restante da oferta será destinado a investidores institucionais, como fundos de pensão, instituições financeiras, seguradoras, fundos mútuos ou instituições de gestão de ativos de terceiros. Ao criar o fundo, o BNDES quer popularizar o investimento em ações e trazer para o mercado de capitais pequenos investidores. Este é o primeiro fundo de índice de ações negociado em Bolsa de Valores.

O fundo PIBB é constituído por 50 ações das empresas brasileiras mais negociadas na Bovespa, sendo metade das ações da Petrobrás e da Companhia Vale do Rio Doce. Outra diferença entre o primeiro e o segundo lotes é o valor da recompra, um mecanismo que garante ao investidor resgatar o dinheiro aplicado nas cotas. No PIBB 1, cujo resgate pode ser feito até dezembro deste ano, o BNDES só recompra cotas no valor de R$ 25 mil.

Já no PIBB 2, a garantia de recompra é de R$ 50 mil. O BNDES paga o mesmo valor, sem correções, mesmo que as ações não se valorizem no período. O resgate só pode ser feito depois de um ano a partir da aplicação. No caso do PIBB 2, o valor máximo para revenda é dezembro de 2006.