Banco com DNA de famílias de mortos e desaparecidos políticos deve ficar pronto em 2006

08/09/2005 - 16h13

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Um banco de dados com o material genético (DNA) das famílias de desaparecidos políticos deve ficar pronto em 2006. O objetivo do projeto, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), é ter os dados dos familiares disponíveis para confrontar com restos mortais de desaparecidos políticos e assim tornar mais rápida a identificação.

Segundo o presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Agustino Veit, 15 famílias já estão no banco, mas a expectativa é chegar a cerca de 200. "Estamos colhendo sangue de todas as famílias", diz.

Desde 1995, a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos atua junto à Secretaria de Direitos Humanos. O trabalho da comissão é julgar requerimentos das famílias de mortos e desaparecidos políticos para o reconhecimento oficial do estado sobre a questão, e também decidir pelo pagamento de indenizações.

Além da Comissão, movimentos de familiares de mortos e desaparecidos e o Ministério Público Federal atuam na busca de soluções para o problema dos desaparecidos durante a ditadura militar.