Delegados da Polícia Federal contestam opinião do presidente do STJ

05/09/2005 - 18h36

Brasília - A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) contestou a opinião do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal, que criticou hoje (5) a atuação dos parlamentares nas comissões de inquérito e afirmou que as investigações precisam ser refeitas por órgãos como o Ministério Público. Para ele, a impunidade é fruto da falta de objetividade na apuração das denúncias por parte das comissões parlamentares de inquérito (CPIs).

A ADPF divulgou uma nota na qual manifesta "firme posição contrária a várias das idéias defendidas no evento (o seminário Propostas para um Novo Modelo de Persecução Criminal – Combate à Impunidade), tais como a possibilidade do Ministério Público realizar diretamente as investigações criminais".

De acordo com a presidente da ADPF, Edina Horta, "cabe à Polícia a missão de investigar, ao Ministério Público propor a ação penal, aos advogados e defensores públicos realizar a orientação jurídica (...) e ao Judiciário garantir os direitos de todos os cidadãos e julgar. (...) qualquer alteração nas funções modificará o peso dos pratos da balança".

Com informações da ADPF