Fiscais que libertaram trabalhadores da situação de escravos no Pará continuam no estado

01/09/2005 - 11h20

Diego Freire
Da Agência Brasil

Brasília - O Grupo Especial de Fiscalização Móvel, que libertou nesta semana 79 pessoas que viviam em condições análogas à de escravidão em uma fazenda no município de Rondon, a 500 quilômetros de Belém, continua no Pará. A informação foi dada pelo coordenador do grupo, o auditor fiscal do Trabalho, Luiz Fernando Duque, à Rádio Nacional de Brasília.

Segundo ele, o estado do Pará está entre as regiões onde é comum encontrar trabalhadores submetidos a condições de escravo. "Nós encontramos sempre trabalhadores submetidos a essa condição, ao trabalho degradante, sistema de endividamento, trazidos de locais distantes, sem poder sair e retornar a suas cidades", afirma. As demais áreas onde é grande a incidência desse tipo de atuação são o oeste baiano e o estado de Mato Grosso.

O auditor revelou que o grupo mantém uma parceria com a Comissão Pastoral da Terra, que repassa informações para a Secretaria Especial de Trabalho em Brasília. Segundo ele,a ação no Pará resultou dessa parceria. Segundo ele, a Comissão Pastoral da Terra é a ONG mais próxima a esses trabalhadores. "Eles podem sempre procurar a Comissão Pastoral da Terra nessas cidades e também a Delegacia Regional do Trabalho e os sindicatos", afirmou.

O grupo é composto por um procurador do Ministério Público do Trabalho, um delegado da Polícia Federal e seis agentes da Polícia Federal. O telefone da Secretaria de Inspeção do Trabalho é (61) 3317-6176.