Ministério dos Esportes doa barcos-escola para deficientes visuais

27/08/2005 - 14h49

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Vinte e oito remadores deficientes visuais do Distrito Federal deram hoje o primeiro passo rumo ao Parapan-americano-2007. Os atletas carentes, que desde abril de 2003 treinavam em tanques e simuladores em terra firme, ganharam seis barcos-escola de competição para exercícios no Lago Paranoá, na capital federal. As embarcações foram adquiridas com recursos do Ministério do Esporte. "Nosso objetivo central é democratizar a prática do esporte para o deficiente. Temos que fazer isso mais e mais, nas diversas modalidades", afirmou o ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, durante cerimônia de batismo dos barcos, no Clube Naval, em Brasília.

"Está provado cientificamente que o esporte ajuda o desenvolvimento integral do portador de deficiência, ajuda sua inclusão na sociedade, ajuda a elevar sua auto-estima e a mostrar que ele é plenamente capaz de levar uma vida normal. È essa oportunidade que queremos generalizar", complementou.

O governo federal repassou um total de R$ 62,2 mil para o projeto Luz do Lago, desenvolvido pela organização não-governamental Instituto Cultural e Profissionalizante de Pessoas Portadoras de Deficiências do DF (ICP). Além das embarcações, a verba permitiu a aquisição de seis remos ergométricos individuais – equipamentos utilizados para trabalhar a parte cardio-respiratória dos atletas, com idade entre 18 e 50 anos. O programa conta com a parceria do Clube Naval, que disponibiliza seis profissionais voluntários e cede sua infra-estrutura esportiva para os treinos.

"Parcerias como esta viabilizam projetos simples, baratos, mas com grande repercussão social, com grande impacto na vida do portador de deficiência e, conseqüentemente da sua família", disse Agnelo Queiroz. O ministro lembrou que parcerias semelhantes estão sendo feitas em outras regiões do país em inúmeras modalidades, como basquete em cadeira de rodas e atletismo.