Postos não deverão repassar ao consumidor aumento do gás natural, avalia sindicato

19/08/2005 - 17h46

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio - O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio de Janeiro, Ricardo Lisboa Vianna, afirma que o reajuste de 6,5% no preço do gás natural a partir de setembro não deverá ser repassado para as bombas de combustível. O aumento foi anunciado hoje (19) pela Petrobras.

"A concorrência a que temos assistido nesse setor é enorme. O metro cúbico do Gás Natural Veicular (GNV), que já custou R$ 1,14, hoje é vendido por até R$ 0,59. Eu acredito que se os postos conseguiram reduzir esse valor em cerca de 50%, vão ser capazes de absorver esse aumento sem repassar para o consumidor no estado, pelo menos neste primeiro momento", afirma Vianna.

O gás natural é considerado uma fonte de energia limpa, pois libera componentes não tóxicos e não poluentes. Ele é hoje consumido em residências, iindústrias e comércios que utilizam o gás encanado e em veículos.

No Rio de Janeiro, da frota de 23 mil táxis, cerca de 100% circulam com gás natural. "Qualquer aumento é prejudicial à nossa categoria. Estamos esperando para ver de quanto será o repasse nas bombas, pois isso afeta quase a totalidade dos taxistas da cidade", diz Luiz Antônio Barbosa, presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos do Município do Rio de Janeiro.