Rio, 19/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - A retomada da indústria petroquímica no Estado possibilitará a criação, em três anos, de 10 mil novos empregos, em especial no segmento de transformação plástica. A previsão é do secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, que participou hoje (19) do seminário Petroquímica: desafios e oportunidades, promovido pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro.
Segundo Victer, nesse segmento que trabalha a matéria-prima de centrais como o Pólo de Gás Químico Riopolímeros (Riopol) e a transforma em produtos finais, entre eles sacos plásticos, 40 empresas têm projetos para instalação na área próxima ao Pólo. "Isso faz com que o Rio de Janeiro volte a ser concretamente um grande ator da indústria plástica, até porque é um mercado consumidor significativo", explicou.
O secretário lembrou ainda que esse número não leva em conta a expectativa de ampliação da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras, após o plano de modernização da unidade, já em andamento. Na inauguração do Riopol, em junho, o então presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, disse que até 2009 a empresa investirá o equivalente a US$ 1 bilhão na refinaria. Para Victer, além de ampliar a capacidade da unidade, o investimento contribuirá para melhorar a qualidade dos produtos e aumentar as condições da refinaria de processar o óleo nacional.
O gerente do Departamento de Indústria Química do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gabriel Lourenço Gomes, que também participou do seminário, destacou que o número de empregos na região da Baixada Fluminense se intensificará com a instalação de mais empresas ligadas ao Pólo. "Esses projetos geram muito emprego durante a construção e, depois, na terceira geração, com o funcionamento da parte posterior da cadeia. Esse enfoque na terceira geração é fundamental para a cadeia. Aí é que vem a geração de emprego e o valor agregado. A contribuição para o desenvolvimento da petroquímica está muito mais na terceira geração do que na primeira e segunda, que são mais um suporte para que essa terceira possa se desenvolver", explicou.