Aline Beckestein
Repórter da Agência Brasil
Rio – Há duas novidades na sétima rodada de leilões de áreas para exploração, que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) faz este ano. Segundo John Forman, diretor da ANP, uma das novidades é a maior oferta com ênfase em áreas para a descoberta de gás natural. A outra é a oferta de 17 áreas com acumulações marginais (campos explorados, mas que foram devolvidos pela Petrobrás por possuírem uma produção pequena).
O diretor disse que o esperado é que pequenos empresários se interessem por esses 17 blocos, que ficam na Bahia e no Sergipe, seguindo o exemplo dos Estados Unidos, "onde existem 25 mil pequenas empresas desse tipo, são responsáveis por 40 % da produção de petróleo do país". A estimativa é que cada uma dessas áreas produza, no máximo, 100 barris de petróleo por dia.
John Forman também informou que o capital mínimo para o investimento nas áreas de acumulação marginal é de cerca de R$10 mil e que "o interessado também terá que apresentar um responsável técnico qualificado para o tipo de operação que vai ser desenvolvida e pagar a taxa de obtenção de dados, que custa cerca de R$ 200 reais".
O edital da Sétima Rodada de Licitações, que vai ocorrer entre os dias 18 e 19 de outubro, no Rio, pode ser encontrado na página da ANP na Internet. A expectativa é que cerca de 40 empresas participem e que a arrecadação seja da ordem de R$ 400 milhões.
Serão oferecidos 1.134 blocos exploratórios, numa área total de 397,6 mil km2, e 17 áreas inativas com acumulações marginais. Dos blocos exploratórios, 509 estão localizados em terra (203,3 mil km2) e 625 no mar (194,3 mil km2). Com relação aos 509 blocos terrestres, 438 estão em bacias maduras (já exploradas) e 71, em áreas consideradas de novas fronteiras. Já os 625 blocos marítimos, 87 estão localizados em áreas de alto potencial e 538, em novas fronteiras.