Sócio da Guaranhuns presta depoimento, mas com direito a permanecer calado, diz advogado

09/08/2005 - 17h40

Alessandra Bastos
Repórter da Agência Brasil

Brasília – José Carlos Batista, sócio da Guaranhuns, depõe neste momento na Polícia Federal. Seu advogado, Ricardo Sayeg, adiantou que ele só vai falar em juízo. "Ele considera um caso político e buscou na Justiça Federal salvo conduto, que foi aceito. Então, ele tem o direito constitucional de permanecer calado", disse Sayeg.

De acordo com o advogado, a decisão é da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília. O salvo conduto funciona como um habeas corpus preventivo, em que o depoente tem o direito de não responder às perguntas, sem ser indiciado por isso. Segundo a lista de nomes entregue pelo empresário Marcos Valério à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios (CPMI) dos Correios, a empresa Guaranhuns teria recebido mais de R$ 6 milhões. Em depoimento à CPMI, a gerente financeira da SMP&B, Simone Vasconcelos, afirmou que todo o dinheiro entregue a Guaranhuns era repassado posteriormente ao ex-deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP).