Meta do Milênio sobre mulheres deve ser adequada ao Brasil, defende secretária

09/08/2005 - 21h14

Brasília, 9/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - Apesar de serem uma proposta internacional, as Metas do Milênio devem ser adequadas à realidade brasileira, defendeu hoje a secretária executiva do Comitê das Entidades no Combate à Fome e pela Vida (Coep), Gleyse Teiter, que participou do 4º Encontro do Conselho de Políticas Púlbicas.

Dentro da 6º Semana Nacional de Mobilização pela Vida, que se encerrará domingo (14), o encontro criado há um ano pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional reuniu representantes de 14 conselhos para a elaboração de uma agenda comum, a fim de alcançar os objetivos definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em documento assinado por 191 países, inclusive o Brasil, em 2000.

A mobilização tem como objetivo integrar governos, organizações e a sociedade civil para a discussão de metas de desenvolvimento social e definição de ações concretas para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira. Segundo Gleyse Teiter, "no caso das mulheres, os Objetivos do Milênio consideram a condição da mulher islâmica, por exemplo, que é muito distante da nossa realidade".

A secretária executiva do Coep lembrou ainda que "o Brasil teria mais facilidade em alcançar alguns objetivos e mais dificuldade em outros, por isso nossa idéia é abrasileirar um pouco essas metas" .

As Metas do Milênio são a erradicação da pobreza e da fome; ensino básico universal; promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde materna; combater a Aids, a malária e outras doenças; garantir a sustentabilidade ambiental e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.