Brasília - O Plano de Desenvolvimento Regional do Programa de Consolidação e Emancipação de Assentamentos Resultantes da Reforma Agrária (PAC Regional) foi lançado ontem (30) no Rio Grande do Sul pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O ministro do Desenvolvimento Agrário participou da solenidade no assentamento Conquista da Fronteira, em Hulha Negra, dentro das comemorações dos 35 anos do Incra, completados no dia 9.
Rossetto ressaltou a importância do plano para a região, que inclui também os municípios de Aceguá e Candiota, envolvendo cerca de 2 mil famílias de agricultores em 54 assentamentos e cerca de mil famílias de agricultores e pecuaristas familiares. "Queremos que essas famílias possam produzir cada vez melhor", afirmou, acrescentando que a união entre agricultores e técnicos promoverá melhoria na infra-estrutura do assentamento. Na solenidade, o presidente substituto do Incra, Roberto Kiel, e o líder do MST (Movimento dos Trabalhores Rurais Sem Terra), João Pedro Stédile, falaram sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento.
O ministro destacou ainda a importância da atualização dos índices de produtividade, que está sendo analisada no governo federal. A expectativa do ministro é de que em breve o projeto seja aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Com isso, nós poderemos avançar cada vez na reforma agrária, especialmente no Rio Grande do Sul".
O PAC Regional resulta de acordo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) com o governo brasileiro, com recursos da ordem de US$ 85 milhões. Financia atividades nas áreas de infra-estrutura social (água, saneamento, estradas, etc.) e produtiva (recuperação da capacidade produtiva dos solos, agroindústrias familiares e outras), por meio de convênios firmados entre o Incra, as prefeituras e as associações dos agricultores assentados.
E já está estruturado em sete estados (Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Rio Grande do Norte), abrangendo 75 assentamentos com cerca de 12 mil famílias participantes. No Rio Grande do Sul, o PAC opera em 11 assentamentos, atendendo 845 famílias, com recursos da ordem de R$ 12 milhões
Com informações do Ministério do Desenvolvimento Agrário
