Lílian de Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef – ligados às empresas paraestatais Banco do Brasil, Petrobrás e Caixa Econômica Federal, respectivamente – têm 15 dias para explicar ao Tribunal de Contas da União (TCU) os motivos que levaram as entidades a firmar acordo com o grupo financeiro Citigroup para compra de ações da empresa Brasil Telecom.
O presidente do TCU, Adylson Motta, afirma que solicitou os esclarecimentos após uma representação formulada pelo deputado Alberto Fraga (PFL-DF). "Houve uma representação contra a Previ, Funcef e a Petros por denúncias de irregularidades. Solicitei informações sobre isto. Os dados devem ser remetidos à Câmara dos Deputados em 15 dias", explica o presidente do TCU, ministro Adylson Motta.
O deputado Alberto Fraga argumenta que este pacto poderia causar prejuízos aos cofres públicos. "Estes fundos de pensão, que são ligados a empresas estatais, estão envolvidos em uma disputa comercial que traz prejuízos de milhões de reais aos cofres públicos", sintetiza.
De acordo com Fraga, o acordo funciona da seguinte forma: os fundos se comprometeram, em março deste ano, a agir em conjunto para encontrar compradores para suas ações na Brasil Telecom. Se elas fossem adquiridas por diferentes acionistas, os fundos deveriam pagar R$ 1,3 bilhão ao Citigroup. Essa seria uma forma de ressarcir o grupo financeiro pela sua participação na operadora.