Rossetto defende readequação de lavouras para evitar prejuízos com a seca

29/07/2005 - 15h39

Porto Alegre, 29/07/2005 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, defendeu hoje a readequação das lavouras, para evitar prejuízos com a estiagem prolongada. Entre as ações sugeridas, Rossetto destacou o "uso das melhores variedades e das mais adequadas a eventuais problemas de estiagem, o afastamento da monocultura, o estimulo à diversificação da produção e o investimento em novas tecnologias".

Ao abrir hoje, em Porto Alegre, o seminário sobre Ações de Prevenção à Seca no Sul do Brasil, o ministro reconheceu que é difícil evitar a estiagem, e disse que é preciso "esforço extra para assegurar a colheita". Durante o evento, promovido pelos ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Agricultura e da Integração Nacional e pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, o ministro anunciou que o Rio Grande do Sul receberá R$ 1,5 bilhão, do total de R$ 9 bilhões do Plano Safra 2005/2006 da Agricultura Familiar.

O seminário, que reúne representantes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, debate medidas de prevenção e convivência com a seca e as causas que provocam tal fenômeno.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o objetivo do encontro é apresentar iniciativas técnicas de prevenção ao risco e um novo modelo agrícola para redução das vulnerabilidades sócio-econômicas e ambientais, resultantes dos longos períodos de estiagem na região Sul.

O coordenador do evento, Herlon Almeida, disse que também estão sendo avaliadas a sistemática de monitoramento, alerta e avaliação de danos da Secretaria Nacional de Defesa Civil, bem como os principais efeitos adversos da estiagem e seca, em função da vulnerabilidade da região. "O objetivo é promover um debate para que, a partir de agora, as pessoas comecem a se preparar para a prevenção da seca".

Herlon Almeida ressaltou que isso se dá com a adoção de uma série de práticas para conservar mais as águas, seja no solo, com obras hídricas nas propriedades, seja na construção de pequenos açudes, e no uso de matéria orgânica".