Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio - A confiança do consumidor voltou a cair no mês de julho, conforme apurou a 20ª Sondagem da Expectativa do Consumidor, divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). De fevereiro até agora, somente no mês de maio foi interrompida a tendência de aumento da insatisfação do consumidor com a situação presente e de pessimismo com o futuro. Naquele mês, os indicadores, em média, ficaram estáveis se comparados aos resultados de abril.
Em julho, dos oito quesitos analisados, quatro, tiveram resultados piores e os outros ficaram estáveis na comparação à edição anterior. Para a Fundação Getúlio Vargas a turbulência no ambiente político e a percepção do consumidor sobre o país podem ter influenciado a avaliação negativa registrada nos quesitos ligados à situação econômica do Brasil.
Dos 1.508 entrevistados entre os dias 1º e 20 de julho, 11,9% disseram que a economia está melhor do que há seis meses, mas o percentual representa queda na comparação com junho, quando eram 12,8%. O número dos que acham que a situação econômica do país piorou passou de 35,6% para 37,3%. Essa taxa é a maior desde abril de 2004.
A Sondagem de julho mostra também que a diferença entre a freqüência relativa de respostas com avaliações melhores e piores aumentou (-25,4 pontos percentuais), sendo o pior resultado desde abril, quando ficou em –31,6 pontos percentuais. Na série histórica da pesquisa, o resultado de julho é o quarto pior.
Sobre a situação econômica da família a pesquisa aponta que 17,3% dos entrevistados indicam que ela está melhor, embora no mês passado o percentual tivesse sido maior (21,7%). Também houve elevação de 21,1% para 22,1% no número dos que acreditam que a situação piorou.